A carnitina é um nutriente sintetizado a partir de um aminoácido essencial, a lisina, e tem uma função extraordinária, a de transformar gordura em energia. Para além disso, a interrupção das funções normais da carnitina levam não só ao aumento da gordura muscular, como à hepatite podendo ainda afetar o sistema neurológico. Apesar de durante muito tempo ter sido erradamente considerada um aminoácido, hoje a carnitina é equiparada às vitaminas do grupo B. A diferença é que ao contrário destas, a carnitina pode ser sintetizada pelo nosso organismo, desde que em pequenas quantidades. É no entanto importante referir que a nossa produção de carnitina está dependente de outros nutrientes como a lisina, a metionina, a niacina, a vitamina B6, vitamina C e o ferro.
Existem dois tipos de carnitina, a L-carnitina e a D-carnitina. As iniciais "D" e "L" referem-se às orientações dadas as moléculas químicas. A molécula "D" (ou dextro molécula) possui rotação para a direita, não está recomendada para o consumo humano e não está presente nos alimentos.
Já a L-carnitina é produzida pelo nosso organismo em pequenas quantidades e pode ser armazenada através da maior parte do tecido muscular. Tendo como referência uma dieta alimentar equilibrada, a carnitina absorvida diariamente por um adulto varia entre 50 e 100 gramas, no entanto a quantidade recomendada para conseguir os benefícios deste nutriente varia entre 250 e 500 gramas. A fonte de alimentação mais rica em carnitina é a carne vermelha, especialmente a de carneiro mas outros alimentos como os produtos lácteos registam também altos níveis deste nutriente.
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